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DUA e a criação de ODAs para que todos possam aprender
11 | nov | 2024Existem algumas premissas importantes que balizam o trabalho de educadoras e educadores no universo da educação. Uma delas diz respeito ao processo de aprendizagem: todos nós somos capazes de aprender, mas aprendemos de diferentes maneiras, pois somos seres com habilidades e necessidades distintas. É necessário, portanto, considerar essa diversidade na implementação de práticas pedagógicas.
Diante da pluralidade de modos de agir e de pensar, é relevante que a abordagem de conteúdos e o estímulo ao desenvolvimento de habilidades também sejam trabalhados de forma variada. Quando alternamos as estratégias de ensino e ampliamos as oportunidades de ação e expressão de cada estudante, oferecemos também uma aprendizagem mais significativa e eficaz a todos.
Aplicando o Desenho Universal para a Aprendizagem
Quando pensamos sobre a flexibilização de materiais, técnicas e estratégias, entra em cena o Desenho Universal para a Aprendizagem, também conhecido pela sigla DUA. Uma metodologia que fala de um conjunto de possibilidades para universalizar a aprendizagem de todos os estudantes, considerando suas distintas habilidades cognitivas, motoras e sensoriais.
Esse modelo tem sua origem na área da Arquitetura, a partir do desejo de que o maior número de pessoas utilizasse os espaços sem a necessidade de adaptações. Por exemplo, se o prédio de uma escola for projetado com uma escada como o único meio de acesso, estaremos excluindo cadeirantes, idosos e pessoas com carrinho de bebê ou de compras. A forma mais inclusiva de possibilitar o acesso à escola seria a rampa, que torna o espaço acessível a mais pessoas. Uma escada, portanto, não é o recurso mais acessível e exige a rampa como complementação; já a rampa é tão acessível que dispensa a existência de uma escada. O DUA traz ao campo da educação a prática de pensar a forma mais acessível de qualquer pessoa construir seu conhecimento.
Mas como é possível promover essa aprendizagem acessível?
A tecnologia pode facilitar essa lógica de oferecer formas diferentes e mais inclusivas de os estudantes terem acesso ao conhecimento. É possível encontrar, por exemplo, ferramentas gratuitas que facilitam ao professor a criação de Objetos Digitais de Aprendizagem. Podemos definir os ODAs como elementos digitais individuais, tais como um vídeo, uma animação, um infográfico, uma imagem, um áudio, e outros materiais interativos. Assim como os Recursos Educacionais Digitais, os ODAs podem ser utilizados com diferentes finalidades, entre elas avaliar a aprendizagem, engajar estudantes, promover interação entre pares e com o conteúdo.
Nessa missão de criar todo tipo de ODA, o Flippity é um grande trunfo. É uma ferramenta gratuita, que pode ser utilizada de maneira síncrona ou assíncrona, e que possibilita a criação de jogos e atividades variadas, como palavras cruzadas, caça-palavras, jogo da memória e bingo. Isso significa que ele oferece opções e funcionalidades para criar recursos específicos em vários formatos de acordo com as necessidades dos alunos e da turma, ampliando as possibilidades de aprendizagem.
Para utilizar o Flippity, primeiro você escolhe o tipo de atividade que quer criar. Depois, basta fazer o download de um arquivo do Google Planilhas e editar o conteúdo como desejar. O que você coloca na planilha, de forma muito simples, cria vida no ODA. Os estudantes podem acessar o recurso criado por meio de diversos dispositivos, como computador, tablet e celular. Eles também podem criar seus próprios recursos de aprendizagem, como jogos ou esquemas de carta para a memorização de conceitos.
Confira uma sugestão de implementação no infográfico a seguir:
Seguindo o que propõe o Desenho Universal para a Aprendizagem, as informações são apresentadas de diversas maneiras, os estudantes podem expressar o que sabem de diferentes formas, e são criadas estratégias variadas para fazer com que cada aluno se sinta motivado a continuar estudando e seja responsável por sua aprendizagem.
Se você deseja aprofundar os seus conhecimentos nessa temática, recomendamos o episódio “Acessibilidade e Inclusão na Escola”, do SejuntaCast, que conta com a presença e a contribuição de Ana Paula Manzalli, cofundadora e diretora de estratégia da Sincroniza Educação. A edição fala do processo de ensino e aprendizagem de pessoas com deficiência, da relevância da tecnologia e da interlocução entre os educadores para promover a inclusão. Confira!
Esperamos que este artigo inspire você, educadora ou educador, a conhecer o Flippity e a usar o DUA em sua prática diária. A Sincroniza acredita que, em um mundo cada vez mais digital e conectado, conhecer novas estratégias e ferramentas tecnológicas é essencial para acompanhar as constantes transformações da educação e garantir novas práticas pedagógicas para os estudantes.
Se você se interessou em conhecer mais sobre a nossa expertise em Implementação de Tecnologia, mande um e-mail para [email protected].