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Como implementar projetos para a formação de equipes escolares
01 | fev | 2024Existem muitos desafios de ensino e aprendizagem no Brasil. Alguns deles dizem respeito à preparação das equipes escolares. Entre os gestores, 69,9% consideram que a formação de professores é um desafio, segundo a pesquisa Percepções e Desafios dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Para solucionar questões como essa, muitas empresas apostam na implementação de projetos de formação de equipes escolares que buscam contribuir com a educação básica no Brasil. Por isso, neste artigo, vamos apresentar ações que fazem toda diferença na hora de implementar esses projetos nas redes de ensino. Confira a seguir!
Conhecendo o projeto e suas etapas de realização
Para iniciar o trabalho de implementação de um projeto que visa à formação das equipes escolares, é imprescindível conhecer o contexto e as necessidades das redes e do público-alvo. No caso da pesquisa que citamos acima, por exemplo, os gestores têm desafios específicos dos Anos Finais do Ensino Fundamental. A partir disso, é hora de identificar e definir com nitidez quais são os objetivos e resultados esperados dessa implementação.
Com base nessas informações, é possível dividir essa operação em algumas etapas de implementação:
- Prospecção de redes e escolas: definição do perfil, levantamento e prospecção das redes e escolas mais adequadas para implementação do projeto
- Planejamento: diagnóstico, organização de dados, montagem da equipe e Planos de Ação
- Formação do público-alvo: formação das equipes escolares
- Estruturação de indicadores: definição dos indicadores do projeto, levantamento e cruzamento de informações e apresentação por meio de dashboard ou relatório
- Gestão de efetividade: registro e acompanhamento das evidências e dados do projeto para gestão da efetividade e proposição de estratégias para o atingimento de metas.
- Apoio às ações de comunicação e engajamento: criação de Plano de Ação, execução e acompanhamento das ações de comunicação para promoção do projeto e engajamento dos participantes.
Aqui, na Sincroniza, seguimos algumas premissas que permitem alcançar resultados junto à rotina das redes de ensino. Vamos falar mais sobre elas a seguir.
Operação da implementação de projetos de formação de equipes escolares
Além da formação das equipes escolares, existem outras etapas que contribuem diretamente com os resultados, e que acontecem antes, durante e depois do processo formativo. São elas: seleção de talentos locais, gestão da equipe, acompanhamento de indicadores e estratégias de engajamento.
Seleção de talentos locais (capilaridade)
É sempre importante considerar o contexto das redes escolhidas para a implementação do projeto. Uma maneira de garantir nitidez sobre o cenário dessas escolas é escolher formadoras e formadores locais. A equipe de formadores, por estar mais próxima das equipes escolares, consegue ter acesso a informações e situações que são primordiais para o desenvolvimento de um trabalho qualificado.
Além disso, são pessoas que conhecem o local e sua cultura e, com isso, podem contribuir mais para garantir melhor entendimento, mais empatia e proximidade com o público-alvo durante as formações e articulações com a rede.
Na Sincroniza, temos expertise em realizar operações em escala porque prospectamos e realizamos parcerias com formadoras e formadores de todo o país. Portanto, pensar o projeto contando com o trabalho de pessoas locais permite mais assertividade e eficiência junto às redes de ensino.
Gestão da equipe
Para buscar o alcance dos resultados também é necessário fazer uma gestão assertiva, que seja construída com base em uma relação de confiança. Para preparar essa nova equipe, é preciso trabalhar um escopo de formações: no início, para que as formadoras possam vivenciar uma imersão no projeto, e ao longo da sua realização, para que a equipe tenha sempre formações continuadas.
Para isso, ter uma liderança que se encarregue de acompanhar essas formadoras e formadores é fundamental. Aqui na Sincroniza, por exemplo, temos coordenadoras e coordenadores de projetos que apoiam a equipe de maneira colaborativa e mão na massa!
A gestão passa por momentos de preparação, de acompanhamentos presenciais quando necessário, de feedback e de formações que ocorrem ao longo de toda a implementação. A finalidade é garantir que a equipe esteja sempre focada no alcance dos objetivos do projeto e que tenha condições de avaliar e seguir os melhores caminhos para isso!
Acompanhamento de indicadores
É fundamental o acompanhamento dos indicadores de resultados ao longo de todo o processo de implementação para identificar problemas e corrigir rotas em tempo hábil. Portanto, é preciso definir:
- Os indicadores que serão acompanhados
- O modo como esses indicadores serão coletados
- Os instrumentos que serão utilizados para acompanhá-los (dashboards, por exemplo)
- A organização e análise dos dados para transformá-los em informações relevantes para a gestão do projeto (criação de relatórios)
- A elaboração de estratégias para o atingimento das metas
Essas ações vão permitir um acompanhamento efetivo e, por consequência, tomadas de decisão compartilhadas e baseadas em evidências.
Estratégias de engajamento para a formação de equipes escolares
Por fim, para garantir que a implementação chegue a quem precisa chegar, é importante contar com estratégias de engajamento. Elas devem ser definidas com base no contexto da rede e do projeto.
Por exemplo, em projetos onde o público-alvo é menor, é possível realizar ações de comunicação mais centralizadas, como o envio de mensagens individuais ou em grupos de WhatsApp. O objetivo é divulgar o projeto, assim como buscar incentivar e engajar as equipes escolares nas formações e atividades que fazem parte daquela jornada.
Já para públicos maiores, é necessário contar com ferramentas ou outros tipos de suporte. Por exemplo, é possível disparar e-mails para uma base de contatos ou contar com as próprias secretarias para a divulgação das peças e mensagens de comunicação.
A escolha dessas estratégias pode ser baseada também na necessidade do projeto, observada a partir da etapa anterior, ou seja, o acompanhamento dos indicadores e resultados. Por meio dessa etapa, é possível verificar as escolas que, por exemplo, precisam de mais atenção para se engajar na implementação.
Processo formativo
Partindo para a formação, vamos conversar sobre alguns aspectos que potencializam a aprendizagem das equipes pedagógicas e/ou gestoras. Aqui na Sincroniza, seguimos alguns princípios que fazem diferença na rotina das equipes escolares.
Diversificação de práticas pedagógicas
Para contribuir com a ampliação e a diversificação das práticas pedagógicas das equipes pedagógicas e gestoras, é essencial levar esse repertório para elas por meio da formação.
As formações podem ser desenhadas de modo que o repertório vá sendo construído individual e coletivamente ao longo do processo formativo. A ideia é que os momentos formativos tragam novas práticas, estratégias, possibilidades, novos recursos e que, ao mesmo tempo, promovam aplicação, reflexão sobre a aplicação e troca entre colegas para ampliar e aperfeiçoar ainda mais esse repertório.
É importante apresentar os conteúdos em diferentes formatos para contemplar a diversidade de formas de aprender. Materiais e mídias como textos, vídeos, imagens, podcasts, infográficos e slides interativos são alguns desses formatos.
As atividades são planejadas de acordo com a intencionalidade pedagógica, considerando os objetivos de aprendizagem de cada formação e a combinação de diferentes dinâmicas e experiências para apoiar os participantes no alcance desses objetivos. Metacognição, bilhete de entrada e de saída, atividades individuais e em grupo, uso de recursos educacionais digitais, gamificação e rotinas de aprendizagem são alguns exemplos das estratégias que podem ser utilizadas.
Homologia de processos
Para que as equipes pedagógicas ou gestoras consigam compreender de maneira concreta a condução da formação e a criação das atividades, é importante que elas possam vivenciar essas dinâmicas como alunos, para que, mais tarde, consigam aplicá-las como educadores. As estratégias ensinadas devem ser as aplicadas, portanto.
Uma boa prática do processo formativo é, após a finalização da formação, mostrar as estratégias que foram utilizadas, indo além da aprendizagem dos conteúdos em si. Assim, incentivamos as equipes a levarem para as suas práticas as estratégias aprendidas ao longo da formação.
Aprendizagem Ativa
É fundamental privilegiar o processo indutivo de aprendizagem nas atividades. Dessa forma, intercalam-se atividades de experimentação e vivência com momentos reflexivos em que os integrantes das equipes escolares são levados a perceber seus conhecimentos prévios e refletir sobre as novas aprendizagens.
Desse modo, os participantes da formação primeiro vivenciam experiências ou atividades entre pares (em grupos ou duplas), colocando a mão na massa, ou participam ativamente de discussões reflexivas, intencionalmente planejadas para que todos possam, de fato, participar. Depois confrontam seus conhecimentos e suas experiências com a sistematização e a conceitualização realizadas, conferindo maior sentido à aprendizagem.
Aprendizagem Colaborativa
Enquanto equipes escolares, é importante que elas se vejam como uma comunidade que trabalha por um mesmo objetivo. Para potencializar a aprendizagem, portanto, faz-se necessário propor reflexões e atividades interativas aos participantes, que se organizam e direcionam suas ações em prol da transformação da comunidade escolar na qual estão inseridos.
Isso se faz possível fomentando a criação de vínculos com a perspectiva de fortalecimento de uma comunidade de prática que continue se apoiando após a finalização do processo formativo.
Essas são algumas ações que fazem parte do jeito Sincroniza de implementar projetos educacionais para a formação de equipes escolares. Conheça mais sobre o impacto do nosso trabalho clicando aqui.